Não tinha jeito: ou se rendia ao som daquela paixão ou se tornava surda...Era inexplicável o que sentia quando o ouvia tocar. Ela acreditava desafiar a percepção sensorial, pois, conseguia ver-através daqueles acordes-um lugar bonito - chamado por alguns de paraíso.O Éden perdido...
Aquele garoto era absolutamente normal, mas havia algo na sintonia entre a sua voz e o som do seu violão...Seria ele "el príncipe azul"? Não sabia, mas queria descobrir. Era o que ela mais queria...Amava vê-lo, tanto quanto ouvi-lo. Mas quando visão e audição eram aguçadas simultaneamente, o mundo parava, e então, era só eles dois...
De repente, sentia-se triste, porque sabia que aquele momento iria acabar: o "pra sempre sempre acaba" (e pra ele talvez nunca tivesse começado- isso também a entristecia). Por isso, seguia calada. Guardava em si todo o amor que havia juntado, todo o amor que ainda não havia morrido...Ela não sabia se os dois, um dia, formariam uma só nota: um Lá maior ou menor, um Si. Disso ela não sabia. Mas na verdade, pouco importava, porque ainda poderia ouvi-lo tocar e sabia, que neste momento, qualquer acorde realizado faria renascer, em seu peito, aquele amor -que de tão persistente- já era considerado imortal, ou simplesmente, uma canção de incerto final, talvez sem final...
De repente, sentia-se triste, porque sabia que aquele momento iria acabar: o "pra sempre sempre acaba" (e pra ele talvez nunca tivesse começado- isso também a entristecia). Por isso, seguia calada. Guardava em si todo o amor que havia juntado, todo o amor que ainda não havia morrido...Ela não sabia se os dois, um dia, formariam uma só nota: um Lá maior ou menor, um Si. Disso ela não sabia. Mas na verdade, pouco importava, porque ainda poderia ouvi-lo tocar e sabia, que neste momento, qualquer acorde realizado faria renascer, em seu peito, aquele amor -que de tão persistente- já era considerado imortal, ou simplesmente, uma canção de incerto final, talvez sem final...