Romã com travesseiro nasceu da minha vontade e da necessidade de escrever.Falar do mundo, falar de tudo...O nome saiu de uma música do grupo Legião Urbana, chamada:"se fiquei esperando meu amor passar", na qual o eu lírico diz:"sei rimar romã com travesseiro".Sempre pensei em qual seria o "porquê" deste verso, o que queria dizer....Pesquisei ,li, reli e cantei a letra diversas vezes ...A minha conclusão(temporária) foi que o amor permite que coisas aparentemente impossíveis aconteçam, o amor dá a liberdade para que possamos fazer tudo, inclusive "rimar romã com travesseiro".Talvez não tenha sido esta a intenção dos autores , mas como leitora tenho todo o direito de fazer a minha (re)leitura, a minha interpretação...Romã com travesseiro é uma rima impensada, mas não impossível.







quinta-feira, 19 de abril de 2012

Poema rotativo

Todos os dias
Os dias
Passam iguais
Mas nunca
são os mesmos

"Vento no litoral"


Delicada, vaidosa, mulher ou menina. Não. Nem sempre.
Olha moço, ela também sabe ser feroz.
Olha moço, ela também quer voar.
Sem batom, sem rímel e sem salto.Fica mais fácil voar, assim?
 Moço, ela só quer ser feliz.
Não a prive . Não a prove. Não, aprove!
Ela é dona de si. Um pouco insegura, mas sabe o que quer.
Menina ou mulher, tanto faz.
Ela gosta de pensar que o impossivel é só um nome, não um fato.
Ela gosta de ser livre.
 Ela gosta de um amor livre, sem regras e sem juramentos.
Amar por amar, em troca de amor e por amor.Com amor.
Olha, escuta o coração daquela moça.
 Você entende o que ele diz?

Na vida, ela passa. Ela não deixa a vida passar.
Ela só quer ser feliz.
A cada dor superada, se sente mais forte.
Ela só quer ser feliz.
 Olha moço, nem tente enquadrá-la.
Ela se dispersa.Se dissolve.
Olha moço, ela não tem medo de estar sozinha.
A solidão, muitas vezes, foi sua melhor companhia.
Olha moço, olha, ela tem sonhos.
Mas não olhe muito. Ela foge.

Olha moço...
Entendê-la pode ser difícil.
Mas, amá-la, moço...
Isso é fácil:

Imagine o vento brincando com as ondas do mar...
Imagine o vento no litoral...


terça-feira, 17 de abril de 2012

O primeiro beijo

"Tá certo. Vou conseguir. Mas, e se bater a vergonha?"

Foi numa tarde, não faz muito tempo. Mas fazia muito que queria fazê-lo. Como superar a timidez que sempre bate nesses momentos? Foi assim...
Tinha que encontrá-lo. Fazia tempo que os meus lábios desejavam alcançar o seu rosto. Até que naquela tarde, o encontrei no portão. Eu tremia por dentro. Tive que engolir a saliva, pois senti que o coração estava saindo pela boca. Assim, tentei pô-lo em seu lugar. "Onde já se viu?" "Agora, coração?""Estragar tudo?" Espera que o melhor ainda está por vir.
 "Tudo bem? Você sumiu..." "É, viajei , mas voltei...". "Então, tinha que dar o que te falei, lembra?"
Ele lembrava. Sorriu. Eu também sorri, meio sem-graça."Como dar o beijo?"
"Aqui está. É só uma lembrancinha. Espero que goste, que goste de verdade."
"Não precisava".
"Posso te dar um abraço?"
(E um beijo, viu?)
Foi naquele tímido abraço que dei o meu primeiro beijo. Senti a sua barba por fazer, e uma vontade de que aquele instante não acabasse nunca.
Não sei o que ele iria fazer depois. Eu só sei que me perdi em meio àquele momento e saí correndo.
Acho que ele deu tchau. Eu saí correndo. Teria dito algo mais? Não sei. Eu saí correndo.Teria me falado coisas de amor? Teria me censurado? Teria pedido bis? Teria ele mesmo feito o bis? Não sei. Eu saí correndo...